Conversa sobre Lyotard

Ceci n’est pas une femme
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Sobre a primeira proposição do Tractatus de Ludwig Wittgenstein

NOTA sobre Lyotard enviada ao Bernardo Pinto de Almeida

— Ele [Jean-François Lyotard] tentou escapar ao Marxismo Soviético que dominou todo o pensamento francês do pós-guerra até ao maio de 68! E fê-lo desmontando a ditadura do Verbo (da Bíblia judaico-cristã, das catacumbas romanas até Lutero e Marx…). Por um lado, percebeu o que aí vinha, com a fragmentação exponencial do saber e o fim das grande narrativas, na ideologia, como na ciência; por outro lado, curiosamente, tentou encontrar na arte (suportado pelos estudos sobre a sexualidade e sobre o sonho, de Freud, mas também no Wittgenstein do Tractatus) a pedra de resistência ao imperialismo destrutivo da linguagem e do princípio de realidade. Ou seja, o seu pensamento, por um lado, regressou a Kant, deitando por terra a arrogância cognitiva do império da linguagem (a coisa em si não se pode conhecer), e recuperou Wittgenstein (o mundo é tudo o que acontece/ ou/ o mundo é tudo o que é o caso***). Por outro lado, o Lyotard tardio adopta uma visão mais astronómica do mundo, ao mencionar o fim do sistema solar como barreira final do conhecimento e da vida, reservando à arte, ao silêncio, uma última missão: a de apaziguar o humano na sua própria finitude.

  • sobre as duas traduções em português da primeira proposição do Tractatus fui ao ChatGPT, para tirar teimas… Olha o que me respondeu 😉

Eu — Qual desta traduções da frase de Wittgenstein, ‘Die Welt ist alles, was der Fall ist’ , em o Tractatus Logico-Philosophicus, é mais adequada: 1) “O mundo é tudo o que acontece”, ou 2) “O mundo é tudo o que é o caso”.

ChatGPT — Ambas as traduções são aceitáveis ​​e comuns em diferentes contextos e interpretações do Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein.

A primeira tradução, “O mundo é tudo o que acontece”, enfatiza a ideia de que o mundo é composto de eventos ou ocorrências, e não de objetos ou entidades. Essa tradução destaca a abordagem do Tractatus de analisar proposições em termos de fatos atômicos, que são combinações de eventos simples.

A segunda tradução, “O mundo é tudo o que é o caso”, enfatiza a ideia de que o mundo consiste em fatos ou estados de coisas. Essa tradução enfatiza a importância do princípio da verdade lógica, que afirma que uma proposição é verdadeira se corresponder a um fato.

Em última análise, a escolha da tradução depende do contexto e do objetivo da interpretação do Tractatus Logico-Philosophicus. Ambas as traduções são usadas por filósofos e estudiosos em suas interpretações e análises do trabalho de Wittgenstein.

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