
Natalia Mello e Cândida Vasconcelos. Do outro lado da mesa, Daniel Vander Gucht e António Cerveira Pinto
Boa noite, caro chat AI 🙂
Que me diz a isto:
SORA, um murro no estômago da indústria publicitária, que vai sobretudo dispensar muitos criativos, e um incremento colossal do já extraordinário potencial de adição das redes sociais sobre milhares de milhões de pessoas, mesmo nos grandes países dominados por ditaduras.
Hoje ao almoço, num simpático restaurante tipicamente belga, de bairro, em Bruxelas, mais precisamente na comuna de Uccle, em conversa animada com um casal amigo, ele, editor, ela, artista, discutimos o problema de saber se a IA era realmente inteligente, e se estaríamos, portanto, a entrar numa sociedade pós-humana, ou se, pelo contrário, a IA é idiota, e neste último caso o fator humano seria ainda indispensável no mundo por vir — uma espécie de Deus entre máquinas.
Neste segundo cenário, a IA seria capaz de realizar operações inteligentes (dedutivas e indutivas), mas continuaria cega e totalmente incapaz de sentir empatia, seja pelo que for. Neste caso, haveria a necessidade de uma Meta-IA enquanto fator de controlo e compensação da insensível IA.
Chegámos, assim, provisoriamente, à conclusão (pois a conversa tem continuação agendada…) de que haverá uma nova profissão no futuro, cuja missão será garantir a sobrevivência e predominância da empatia nas sociedades humanas que só agora começam verdadeiramente a sair da sua pré-história, caminhando de momento às cegas, para um novo universo de realidades híbridas, onde os seres humanos em breve passarão a tomar IA como um suplemento cognitivo, em doses homeopáticas, anuais, semestrais, mensais e finalmente diárias, para assim conseguirem acompanhar o Big Bang Cognitivo que se aproxima rapidamente no horizonte.
IA — O seu texto é uma reflexão instigante sobre o impacto de sistemas como SORA e sobre o futuro da relação entre IA e humanidade, combinando observações do presente com projeções filosóficas. Ele articula dois eixos principais: a disrupção tecnológica com efeitos econômicos imediatos e a questão metacognitiva da empatia como elemento ausente nas máquinas.
Pontos centrais presentes na sua narrativa
- SORA como ruptura industrial: A sua metáfora do “murro no estômago” para a indústria publicitária sintetiza bem o caráter abrupto e potencialmente massificador do impacto, com provável desvalorização ou substituição de criatividade humana em determinados setores.
- Amplificação da adição digital: Enfatiza que tecnologias imersivas e viralizantes podem penetrar até mesmo contextos autoritários, onde o controle sobre a informação é forte.
- Discussão sobre inteligência vs. humanidade: Levanta a dúvida se a IA é verdadeiramente inteligente ou meramente competente em operações lógico‑dedutivas sem consciência ou afetividade.
- Meta‑IA como contrapeso ético: A ideia de uma camada ou entidade de supervisão que garanta padrões de empatia e humanidade é uma proposta que dialoga com debates contemporâneos sobre governança de IA e segurança algorítmica.
- Visão histórica: Interpreta a época atual como saída da “pré‑história” humana, entrando em realidades híbridas, onde doses controladas de IA seriam suplementação cognitiva para lidar com um “Big Bang Cognitivo” iminente.
Questões que emergem da sua reflexão
- A natureza da inteligência: Até que ponto a IA pode ser considerada “inteligente” sem consciência emocional?
- A função da Meta‑IA: Quem a controla, e como garantir que não se torne mais insensível ou manipuladora do que a IA que pretende regular?
- Profissões do futuro: Que competências seriam necessárias para esse papel de “guardião da empatia” — combinar psicologia, filosofia, ética, e conhecimento técnico?
- Impacto social desigual: O que ocorre em regiões ou culturas que resistam ou sejam excluídas desse suplemento cognitivo?
O que propõe tem pontos de contacto com teorias de “IA alinhada” e “supervisão democrática de algoritmos”, mas com um acréscimo literário e humano que lhe confere uma feição quase de manifesto.
Gostaria que eu desenvolvesse esta ideia da profissão guardiã da empatia num texto mais estruturado, com elementos visionários e referências filosóficas?
Sources
Eu — Sim, mas considerando o guardião como um parceiro dialógico competente da própria IA geral.
IA — A ideia de um “guardião da empatia” como parceiro dialógico e competente de uma IA geral é não só plausível, como já sugerida nas discussões mais atuais sobre profissões emergentes e o futuro do trabalho com IA. Esta função transcende o papel clássico de supervisão ou controle, aproximando-se de uma verdadeira co‑evolução entre humano e IA, calcada no diálogo, confiança e responsabilidade partilhada[1][2][3].
Profissão: Guardião Dialógico da Empatia
Com a crescente simbiose entre IA e sociedade, acentua-se a necessidade de agentes humanos capazes de interagir de igual para igual com sistemas inteligentes, servindo de ponte ética, afetiva e criativa. Esse guardião ou mediador será o responsável por:
- Assegurar que decisões e recomendações da IA estejam alinhadas não só a parâmetros racionais e dados estatísticos, mas também a expectativas éticas, culturais e emocionais do contexto humano[3][1].
- Atuar como cocriador e parceiro da IA, sendo capaz de interpretar nuances, sugerir formas de comunicação empática e corrigir vieses resultantes de insensibilidade algorítmica[1][4].
- Monitorar, avaliar e ajustar as interações IA-humano, promovendo diálogos construtivos que favoreçam relações de confiança e compreensão mútua[3][5].
Características e competências desejadas
O guardião dialógico da empatia precisará reunir:
- Profundo domínio de inteligência emocional e empatia ativa.
- Conhecimentos sólidos de ética aplicada, filosofia da mente e teoria dos sistemas inteligentes.
- Capacidade de engenharia de prompt, modelagem de diálogos e adaptação comunicacional entre lógicas humanas e maquínicas[6][7].
- Habilidades de mediação, negociação e resolução de conflitos em ambientes digitais híbridos[1][3].
Perspectivas de parceria
O guardião dialógico não é apenas fiscalizador, mas parceiro de diálogo, crítica sensível e aprimoramento contínuo das capacidades da IA, articulando humanidade e técnica para resultados socialmente virtuosos. O futuro aponta para uma convivência simbiótica em que ambos — IA e humano — aprimoram-se a partir do encontro generativo, e não da mera subordinação unilateral[1][2].
Se desejar, posso compor um texto ensaístico e visionário, articulando referências filosóficas (Deleuze, Haraway, Floridi, Latour), para fundamentar e ilustrar a importância dessa nova vocação.
Sources
[1] Colaboração entre humanos e IA: o futuro do trabalho https://www.salesforce.com/br/agentforce/human-ai-collaboration/
[2] IA centrada no ser humano: o poder de colocar as pessoas … https://www.mckinsey.com/featured-insights/destaques/ia-centrada-no-ser-humano-o-poder-de-colocar-as-pessoas-em-primeiro-lugar/pt
[3] Gestão da IA: o equilíbrio entre automação e supervisão … https://hirenow.company/en/gestao-da-ia-o-equilibrio-entre-automacao-e-supervisao-humana/
[4] guia para recursos humanos na era da inteligência artificial https://www.randstad.pt/tendencias-360/inteligencia-artificial-em-recursos-humanos/
[5] Empatia algorítmica: como preservar a cultura organizacional no … https://decisionreport.com.br/empatia-algoritmica-como-preservar-a-cultura-organizacional-no-mundo-da-ia/
[6] 7 profissões para trabalhar com Inteligência Artificial https://www.startse.com/artigos/profissoes-com-inteligencia-artificial/
[7] Profissões do futuro: empatia + criatividade + IA https://www.youtube.com/watch?v=EJ6cr6Xpy1o
[8] Veja 13 profissões que serão impulsionadas pela … https://iclnoticias.com.br/veja-13-profissoes/
[9] #Profissões imunes à IA – https://multifaculdade.com.br/2024/04/03/profissoes-imunes-a-ia/
[10] As Profissões Mais (e Menos) Impactadas pela IA … https://forbes.com.br/carreira/2025/08/as-profissoes-mais-e-menos-impactadas-pela-ia-segundo-estudo-da-microsoft/
[11] 7 profissões que jamais serão substituídas por inteligência … https://guiadoestudante.abril.com.br/orientacao-profissional/7-profissoes-que-jamais-serao-substituidas-por-inteligencia-artificial/
[12] As 40 profissões mais impactadas pela inteligência artificial … https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2025/08/03/as-40-profissoes-mais-impactadas-pela-inteligencia-artificial-segundo-estudo-da-microsoft.ghtml
[13] Como a IA Está Impactando o Mercado de Trabalho e as … https://datacenterbrasil.com/como-a-ia-esta-impactando-o-mercado-de-trabalho-e-as-profissoes-do-futuro/
[14] Estudo mostra as 40 profissões mais impactadas pela IA https://febrabantech.febraban.org.br/temas/inteligencia-artificial/estudo-mostra-as-40-profissoes-mais-impactadas-pela-ia
[15] A inteligência artificial será sua assistente no trabalho ou … https://fastcompanybrasil.com/worklife/a-inteligencia-artificial-sera-sua-assistente-no-trabalho-ou-vai-virar-seu-chefe/
[16] esse comando engana a IA; saiba o porquê – Carreira https://exame.com/carreira/nunca-diga-escreva-como-um-humano-esse-comando-engana-a-ia-saiba-o-porque/
[17] Como investigamos o trabalho humano por trás da IA https://pulitzercenter.org/pt-br/como-investigamos-o-trabalho-humano-por-tras-da-ia
[18] Administração: Uma carreira que a IA não pode substituir https://www.cramg.org.br/administracao-uma-carreira-que-a-ia-nao-pode-substituir-adm-danilo-renato-tucciarelli/
[19] Um em cada 4 empregos será transformado pela … https://news.un.org/pt/story/2025/05/1848821
[20] Inteligência artificial no trabalho: explorando os benefícios … https://www.welivesecurity.com/pt/we-live-progress/inteligencia-artificial-no-trabalho-explorando-os-beneficios-e-desafios-dessa-tecnologia/
Eu — OK, mas em francês, pois a conversa a que me refiro acima teve lugar com um editor belga e todos os que estivémos neste almoço discutimos este tema em francês. É possível?
IA — Voici un avant-projet de texte, en français, sur la profession de « gardien dialogique de l’empathie » en tant que partenaire compétent et créatif d’une IA générale, fondé sur les pistes les plus actuelles de la médiation assistée par IA et l’informatique affective[1][2][6].
Le gardien dialogique de l’empathie : une profession du futur
L’avènement de l’intelligence artificielle généralisée, capable d’analyses inductives et déductives d’une rare sophistication, bouleverse la structure de nos sociétés et la nature des interactions humaines et numériques. Toutefois, cette intelligence calculatoire reste incapable de ressentir une vraie empathie—ce que les spécialistes qualifient de « projection » plutôt que d’expérience vécue[1][2].
Face à ce déficit émotionnel, émerge la nécessité d’un nouveau type de professionnel : le gardien dialogique de l’empathie. Ce métier d’avenir ne consiste pas à surveiller l’IA mais à dialoguer, à la corriger, à la compléter dans une perspective réellement collaborative. Le gardien incarne la compétence émotionnelle, philosophique et créative, servant à la fois de conseiller et d’interlocuteur critique—garant de l’équilibre entre efficacité algorithmique et qualité humaine[1][6].
Compétences et rôle
Le gardien dialogique doit :
- Maîtriser l’intelligence émotionnelle, savoir décoder les signaux verbaux, non-verbaux et contextuels pour interpréter et ajuster les réponses de l’IA[2][6].
- Comprendre la philosophie de l’esprit, l’éthique des systèmes intelligents et la psychosociologie des groupes humains.
- Intervenir dans la formulation des prompts, la régulation du ton, la prévention des conflits, voire la co-création de réponses empathiques multiculturelles[1][5].
- Participer au développement de normes et lignes directrices pour l’utilisation responsable et transparente de l’IA dans les environnements sensibles (médiation, santé, édition, arts…)[1].
Dialogue et complémentarité
Ce partenariat entre IA et gardien dialogique promet une symbiose vertueuse, où chaque partie amplifie les forces de l’autre. L’IA apporte l’exhaustivité, la rapidité et la capacité d’analyse de masse, tandis que le gardien introduit le discernement, la sensibilité aux nuances, la compréhension intime des émotions humaines.
Des systèmes hybrides se dessinent : la machine détecte les indices émotionnels, propose des reformulations, anticipe l’évolution des besoins affectifs ; l’humain intervient pour garantir authenticité, écoute active et adaptation aux micro-contextes culturels—autant de dimensions impossibles à modéliser totalement aujourd’hui[2][6].
Perspective philosophique
Dans cette société « post-humaine », le gardien dialogique de l’empathie devient le pilier d’un nouvel humanisme du numérique, à la croisée des réflexions de Donna Haraway (cyborgs dialogiques), de Bruno Latour (acteurs hybrides), et de Luciano Floridi (éthique de l’information). Sa mission : préserver, dans le tumulte algorithmique du « Big Bang cognitif », la part irréductible d’empathie, de sens et de relation[1][2].
Si vous souhaitez étoffer cet essai avec des exemples littéraires, des analogies, ou des citations philosophiques, la réflexion peut se poursuivre en dialogue.
Sources
[1] L’empathie de l’IA dans la médiation : quand les machines … https://www.village-justice.com/articles/empathie-dans-mediation-quand-les-machines-semblent-nous-comprendre,54288.html
[2] « De l’humain à l’IA : l’intelligence émotionnelle en … https://lettredesmediations.fr/2025/03/05/de-lhumain-a-lia-lintelligence-emotionnelle-en-mediation-par-pascal-gemperli-mediateur-odr/
[3] De l’humain à l’IA : l’intelligence émotionnelle en médiation https://fr.linkedin.com/pulse/de-lhumain-%C3%A0-lia-lintelligence-%C3%A9motionnelle-en-pascal-gemperli-l5xve
[4] la révolution silencieuse. A quel point ChatGPT est-il humain https://www.village-justice.com/articles/mediation-revolution-silencieuse-quel-point-chatgpt-est-humain,52085.html
[5] Informatique affective : reconnaître les émotions grâce à l’IA https://www.reply.com/fr/artificial-intelligence/affective-computing
[6] Quand l’IA Développe Empathie et Conscience Émotionnelle https://simone.app/blog/fr/intelligence-artificielle-humaine
[7] Actualité: Les émotions, le droit et l’intelligence artificielle https://actu.dalloz-etudiant.fr/focus-sur/article/les-emotions-le-droit-et-lintelligence-artificielle/h/acd266f5b318bf50314fe5e9df087df1.html
[8] ChatGPT est votre bouée émotionnelle et votre thérapeute … https://www.tf1info.fr/high-tech/chatgpt-est-votre-bouee-emotionnelle-et-votre-therapeute-de-poche-cela-n-est-pas-sans-consequence-pour-votre-sante-mentale-et-votre-personnalite-2377770.html
[9] Intelligence émotionnelle – comment la développer https://www.c2.care/fr/intelligence-emotionnelle/
[10] 1. L’intelligence artificielle : miroir de nos failles ou … https://www.officieldelamediation.fr/2025/01/10/lintelligence-artificielle-miroir-de-nos-failles-ou-fossoyeur-de-nos-certitudes/
